O Dia Internacional da Saúde da Mulher, celebrado em 28 de maio, é uma data significativa que busca destacar as questões de saúde que afetam as mulheres em todo o mundo. Estabelecido em 1987, durante o 5º Encontro Internacional da Mulher e da Saúde na Costa Rica, o dia serve como um lembrete da importância de abordar as desigualdades de gênero e o acesso limitado a cuidados médicos.
Em 2025, o cenário ainda apresenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito a doenças evitáveis que continuam a impactar a saúde feminina. Entre essas, o câncer de colo de útero se destaca, sendo uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. A conscientização e a prevenção são fundamentais para reduzir esses números alarmantes.
Por que o câncer de colo de útero ainda é um desafio?
O câncer de colo de útero é uma doença que, apesar de ser evitável, ainda representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil. Ele é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e colorretal. A alta incidência da doença em certas regiões do país, como o Norte e o Nordeste, evidencia a necessidade de ações preventivas mais eficazes.
Especialistas apontam que a falta de acesso a exames preventivos, como o Papanicolau, e à vacinação contra o HPV são fatores que contribuem para a persistência do problema. As desigualdades regionais também são evidentes, com taxas de incidência mais altas nas regiões Norte e Nordeste em comparação com o Sul e Sudeste.
Como a prevenção pode ser um direito de todas?
A prevenção é um aspecto crucial na luta contra o câncer de colo de útero e deve ser vista como um direito fundamental. A Constituição brasileira garante o direito à saúde, o que inclui o acesso a exames preventivos e vacinas. No entanto, a realidade mostra que muitas mulheres ainda enfrentam barreiras para acessar esses serviços essenciais.
O Dia Internacional da Saúde da Mulher serve como um lembrete da necessidade de políticas públicas que garantam o cuidado integral à saúde feminina. Isso inclui desde a saúde reprodutiva até o diagnóstico precoce de doenças graves, assegurando que todas as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.

Quais são as iniciativas em curso para melhorar a saúde feminina?
Felizmente, existem iniciativas em andamento que visam melhorar a saúde das mulheres no Brasil. O Ministério da Saúde, por exemplo, incluiu o câncer de colo de útero em seu Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas. A meta é reduzir a mortalidade prematura por essa doença em 20% até 2030.
Para alcançar esse objetivo, é essencial que as mulheres tenham acesso facilitado a consultas, exames e vacinas. Investimentos em políticas públicas que atendam às necessidades da população feminina, especialmente nas regiões mais vulneráveis, são fundamentais para mudar esse cenário.
Qual é o papel da informação e educação na saúde da mulher?
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM) destaca a importância da educação em saúde como parte do cuidado integral. Informar e educar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce é essencial para combater o câncer de colo de útero.
Atitudes simples, como o incentivo ao uso de preservativos e a promoção da vacinação contra o HPV, podem salvar vidas. Além disso, é crucial que as mulheres realizem exames preventivos regularmente. Essas ações são pilares fundamentais para garantir que todas as mulheres tenham a oportunidade de cuidar de sua saúde de forma eficaz.